domingo, 19 de dezembro de 2010

Entrevista a Susana Frieza "Cabo" do Grupo de Forcados(as) Feminino de Benavente:



Blog/Site Aficionados da Moita - Olá Susana, primeiro que tudo gostaria de agradecer o tempo que nos disponibilizou para estar à conversa consigo?

Susana Frieza- É sempre um prazer estar á conversa convosco, antes de mais queria agradecer o interesse que têm pela actividade do Grupo Feminino de Benavente desde o início e o trabalho de divulgação que têm feito acerca deste.

Blog/Site Afic. da Moita - Susana pode-nos dizer quando sentiu que queria ser forcado(a) ?

Susana F.- Senti que queria ser forcado(a) após ter pegado pela primeira vez, foi inclusive a partir daí que a ideia de formar um grupo de forcados feminino começou a ganhar forma.

Blog/Site Afic. da Moita - Com que idade entrou no mundo dos Toiros?

Susana F- Sempre fui muito aficionada, mas apenas aos 13 anos tomei parte activa no mundo taurino, idade com que peguei a minha primeira rês.

Blog/Site Afic. da Moita - Teve Alguma Influência para entrar neste mundo que é o da Forcadagem?

Susana F- Sim. Sempre acompanhei o meu irmão, que já pega à alguns anos, foi ele que me passou este “bichinho” das pegas, me incentivou a pegar pela primeira vez e me apoiou na ideia de ser forcado.



Blog/Site Afic. da Moita - O que sente quando está frente-a-frente a uma Rês brava?

Susana F- É um grande prazer e uma adrenalina citar a rês praça a praça. É um misto de emoções e sentimentos onde o medo e a coragem se apoderam do meu corpo, tornando cada pega numa sensação única.

Blog/Site Afic. da Moita - O que representa para si ser forcado(a)?

Susana F- O ser forcado representa para mim como para qualquer elemento de qualquer grupo uma enorme responsabilidade, há uma imagem e uma história a manter e defender, há que ter espírito de sacrifício presente em nós pois é uma vida exigente esta dos toiros, e claro conseguir estar à altura das expectativas do público que acorre as praças para apreciar uma pega. Pode dizer-se mesmo que ser forcado é uma forma de vida.

Blog/Site Afic. da Moita - Tem algum sonho como forcado(a) que desejaria realizar no futuro?

Susana F- Pisar as melhores arenas tanto a nível nacional como internacional, crescer enquanto forcado(a) e claro ver reconhecido o trabalho que desempenho no meio.

Blog/Site Afic. da Moita - Ao Longo destes anos de forcadagem teve alguma vez alguma lesão mais grave?

Susana F- Não são muitos os anos que conto como forcado, mas neste pequeno percurso ainda não sofri nenhuma lesão maior, e arranhões e nódoas negras são como se diz na gíria “o pão nosso de cada dia”, incha, desincha e depois passa!



Blog/Site Afic. da Moita - Sabemos que a Susana é Cabo do Grupo Feminino de Benavente como surgiu este projecto?

Susana F- Surgiu da vontade comum em pegar de um pequeno grupo de raparigas, se pegávamos em festejos de rua, porque não fazê-lo em praça, dando uma nova vida à Festa e ao mundo da forcadagem.

Blog/Site Afic. da Moita - Entre as actuações que o Grupo tem tido destaca alguma?

Susana F- Dou especial importância às corridas em Stº Amaro (Sousel) e Izeda, onde ombreamos com grupos que merecem respeito no meio taurino e pelo tamanho dos novilhos pegados. De destacar também a nossa actuação na Garraiada Académica em Figueira da Foz, onde sentimos o peso de uma casa completamente cheia.



Blog/Site Afic. da Moita - Será que nos pode adiantar se existe algum projecto para o futuro do grupo ou alguma actuação já agendada para a temporada 2011?

Susana F- As ideias estão sempre a surgir pois queremos cada vez mais mostrar a seriedade com que encaramos a nossa presença na festa, sendo a aquisição de jaquetas o mais importante dos projectos futuros. No campo das actuações contamos já com o convite para um treino público em Fortios a 15 de Janeiro e confirma-se a nossa presença na Garraiada em Marinhais a 6 de Fevereiro. Convites é o que não falta e esperamos por muitos mais para alimentar a nossa imensa afición.

Blog/Site Afic. da Moita - Para finalizar gostaríamos de saber, Como vê a festa brava actualmente em Portugal em geral?

Susana F- Na minha opinião a Festa Brava, não tem evoluído muito, de um modo geral, acho que têm surgido muitos jovens com sabedoria e vontade de demonstrar o seu gosto pela tauromaquia, mas a falta de oportunidades é o grande problema com que todos se deparam. Cada vez mais a Festa Brava é público de grandes polémicas com pessoas envolventes no meio e isso acaba por tirar também brilho aquilo que são os costumes de muita gente.

Blog/Site Afic. da Moita - Agradecemos mais uma vez o tempo que nos disponibilizou para estar a conversa connosco e desejamos muita sorte no futuro e sorte para o G.F.A.Feminino de Benavente.

Susana F- Agradeço novamente o interesse demonstrado pela actividade do Grupo Feminino de Benavente e desejo também que o vosso blogue continue a ter grande sucesso.

Fotos Gentilmente cedidas por Susana Frieza .

domingo, 7 de junho de 2009

ENTREVISTA AO RECORTADOR JOÃO SALGUEIRO “POSTURAS” DE FOÍOS (SABUGAL):


AFICIONADOS DA MOITA- Bons dias João, primeiro que tudo agradecemos a sua disponiblidade para connosco, e nos ter disponibilizar um pouco do seu tempo para falar connosco.

AFICIONADOS DA MOITA- Caro João pode-nos dizer como nasceu o seu gosto pela festa brava?

João Salgueiro- Nasceu na Raia, desde sempre a ver as capeias com o Forcão também pelos Carnavais de Ciudad Rodrigo(Espanha),mas certamente foi algo que já nasceu comigo, até porque nunca me imfluênciaram antes pelo contrário.

AFICIONADOS DA MOITA- Com que idade começou a aventurar-se nas largadas de toiros?

João Salgueiro- huum!! Mais o menos pelos dez anos, mas antes disso já tinha feito umas aventuras com bezerros e com toiros cheguei uma vez a fugir para dentro de uma praça e chatear um toiro, mas nada de mais até porque logo me tiraram de lá. (risos)



AFICIONADOS DA MOITA- Anteriormente referiu que desde os dez anos de idade que anda nestas andanças, pode-nos dizer à quanto tempo “toureia” nas ruas?

João Salgueiro- Há 7 anos.

AFICIONADOS DA MOITA- Dentro desses 7 anos a recortar nas ruas tem alguma preferência por algum local onde goste mais de recortar?

João Salgueiro- Nem por isso, gosto sim é de um sitio com pouca gente para ter o toiro sozinho mais vezes pra mim, mas é nos Fóios a minha terra pequenina, mas também a maior e melhor todas, porque foi ai que comecei a ver toiros, e a paixao das gentes por eles!!

AFICIONADOS DA MOITA- Para o João qual a ganadaria que mais se destaca nas largadas de toiros?

João Salgueiro- Sem dúvida Murteira Grave

AFICIONADOS DA MOITA- Pode-nos descrever qual a sensaçao quando se está na cara de um toiro?

João Salgueiro- São todas, mas com mais relevancia para a adrenalina, depois a vontade de emfrentar o medo, de enganar o toiro, também a maneira como fico hipnotizado, e esqueço tudo mudando para um plano em que só estou sozinho com o toiro e o que está a volta não conta para nada, e esta última talvez seja a mais relevante porque não é todos os momentos em que só nos conseguimos concentrar com aquilo que estamos a fazer e mais nada.
Mas aquilo que se sente e sempre diferente de cada vez, por isso é algo intimo e muito indiscritivel...

AFICIONADOS DA MOITA- Já alguma vez foi colhido?

João Salgueiro- Já fui colhido várias vezes, a última colhida foi na páscoa a saltar um toiro.



AFICIONADOS DA MOITA- Pode-nos descrever qual a colhida mais grave que sofreu?

João Salgueiro- Com gravidade só uma vez, em que ia saltar um toiro e escorreguei numa poça de lama, já não consegui saltar e levei uma colhida bem feia, que me custou dois meses de muletas por uma lesão na coxa, e um traço de fractura no femur....mas depois da colhida corri mais 4 toiros, e ainda depois de o toiro me colher ainda o peguei e só depois fui ao hospital, o que agravou a lesão.

AFICIONADOS DA MOITA- Uma última pergunta,como descreve actualmente a festa dos toiros nomeadamente em portugal?

João Salgueiro- Penso que a Festa em Portugal esta a regressar, passou se por uma altura em que era mais escassa, mas que até com a maior aposta da TV é cada vez mais divulgada o que é bom e vejo isso como uma boa maneira de despertar a aficion nas pessas, porque ela é grande parte da essencia de ser Português, pois somos um povo feito para resolver os contratempos que nos aparecem pela frente, e que deixar tudo para a última não é um defeito mas sim o nosso sangue toureiro que gosta de fazer as coisas com muita calma e bem templadas.
E já agora não deixo de realçar para o fim que os festejos taurinos de rua devem de ser por minha vontade todos os dias, e muito mais divulgados publicamente, e puxando também pela minha camisola, a capeia arraiana, que é unica na minha região, pela paixão só povo por ela e pela sua beleza deve ser mais mostrada ao mundo.

AFICIONADOS DA MOITA- Mais uma vez agradecemos a disponibilidade e muita sorte para o seu futuro incluindo nas largadas de toiros.

João Salgueiro- "gracias".

domingo, 28 de dezembro de 2008

ENTREVISTA AO CAPINHA FÁBIO MAGALHÃES "JUNIOR":



Nesta terceira entrevista estivemos à conversa com Fábio Magalhães "Junior", um Capinha da Ilha Terceira de 24 anos.

Aficionados da Moita- Bons dias Fábio, primeiro que tudo agradecemos a sua disponibilidade para connosco, e nos ter disponibilizado um pouco do seu tempo para falar connosco

Magalhães Júnior- Para falar de toiros á sempre disponibilidade

ADM- Caro Fábio pode-nos dizer como nasceu o seu gosto pela festa brava mais nomeadamente pela tourada-á-corda?

Magalhães Júnior- Pois eu quando era mais pequeno não era um grande aficionado da tourada-à-corda, gostava muito de jogar futebol, mas depois de passar algum tempo comecei a ir mais às touradas com amigos mas o meu pai não gostava nada que eu fosse ficava com algum medo de ir porque ele não gostava. Quando o meu pai ia às touradas eu tentava ficar sempre ao pé dele porque ele tava sempre a frente do toiro, mas os pais querem sempre o melhor para os filhos,avisava me sempre tem cuidado. quando havia touradas que eu sabia que ele não ia eu metia-me sempre a frente do toiro com muito respeito e medo,depois começou a chegar aos ouvidos dele que eu andava a frente dos toiros, bem comentários de outras pessoas. E começou assim, adoro sentir aquela adrenalina agora não troco a festa brava por nada

ADM- Com que idade começou a aventurar-se nas touradas-á-corda?

Magalhães Júnior- O meu primeiro recorte a um toiro foi numa tourada no "Porto Martins" com o meu pai, naquela altura tinha 13 anos, andava sempre nas touradas mas era raro chamar porque meu pai não queria.


ADM- Anteriormente referiu que desde os 13 de idade que anda nestas andanças, pode-nos dizer a quanto tempo “toureia” nas ruas?

Magalhães Júnior- Toureio a 5 anos.

ADM- Dentro desses 5 anos a recortar nas ruas tem alguma preferência por algum local onde goste mais de recortar?

Magalhães Júnior- Sim temos aqui uns bons lugares para recortar,mas o que gosto mais é na Vila de São Sebastião é lindo.

ADM- Para o Fábio qual a ganadaria que mais se destaca nas touradas-á-corda?

Magalhães Júnior- Eu sou amigo de todas as ganadarias mas tenho preferência na ganadaria E.R ( EZEQUIEL RODRIGUES).


ADM- Pode-nos descrever qual a sensação de estar na cara de um toiro?

Magalhães Júnior- Para mim é uma sensação boa, estou sempre tranquilo, a vontade quando existe confiança, mas com muito respeito a cima de tudo pelo oponente que temos pela frente.

ADM- Já alguma vez foi colhido?

Magalhães Júnior- Sim, este ano fui colhido 2 vezes, a segunda foi por minha culpa tava a chamar com o cinto nas calças escorreguei e o toiro mete-me o corno no cinto mas não me magoei é com os erros que aprendemos.

ADM- Pode-nos descrever qual a colhida mais grave que sofreu?

Magalhães Júnior- Até hoje a pior de todas foi numa tourada nas "Fontinhas" com o toiro da ganadaria do Humberto Filipe com um toiro muito perigoso o 77.
Fui com a cara arrastar no alcatrão, foi só a cara esfolada e braços, mas mesmo com a cara a sangrar levantei-me e recortei de novo.

ADM- Já esteve em Portugal Continental para “Capear” toiros alguma vez?

Magalhães Júnior-Sim, Eu já estive em Coruche a capear quando fizeram uma tourada a nossa moda e gostei muito.

ADM- Uma última pergunta, como descreve actualmente a festa dos toiros nomeadamente em Portugal Continental e ilhas?

Magalhães Júnior- Eu vou falar nomeadamente a nível da Ilha Terceira está a haver muitas touradas e com pouca qualidade porque está a haver 5 e 6 touradas no mesmo dia e tira o proveito das touradas-à-corda, na minha opinião acho que deveria haver poucas mas boas mas acho que vai melhorar.

ADM- Agradecemos mais uma vez por nos ter despendido este tempo para estarmos a conversa e desejamos a maior sorte para o futuro.

Magalhães Júnior- Eu é que agradeço esta oportunidade que me deram, e uma vez mais obrigado .





Fotos enviadas por Fábio Magalhães Junior ao qual tivemos o cuidado de colocar a Hiperligação de acesso de onde estas fotos foram retidas.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Entrevista com o Novilheiro "Joaquim Ribeiro "El Cuqui" :

Nesta 2ª Entrevista estivemos a Conversa com o Novilheiro sem Picadores "Joaquim Ribeiro El Cuqui " de 17 anos, natural da Moita do Ribatejo.


Aficionados da Moita - Boas Noites "Cuqui", primeiro que tudo agradecemos a sua disponibilidade para connosco e este tempo para falar connosco;

Joaquim R. Cuqui - Boas Noites, eu é que agradeço porque é um prazer falar com um Blog como o vosso!

ADM - O Prazer é todo nosso Cuqui, Bem pode-nos explicar como surgiu o seu interesse pelo mundo dos toiros?

J. R. C. - Como não será dificil de imaginar visto que sou da Moita do Ribatejo, desde muito pequeno com cerca de 2 anos o meu pai levava-me as tradicionais Largadas de Toiros na Moita. Posteriormente comecei a ver Corridas de Toiros e assim fuí me apaixonando pela festa e pelo toureio a pé.

ADM - Nós sabemos que é Novilheiro sem Picadores, Pode-nos dizer desde à quanto tempo anda no Mundo do Toureio a Pé e o seu percurso até ao momento?

J. R. C. - Desde os meus 12 anos em que entrei para Escola de Toureio da Moita do Ribatejo em que estive durante 1 mês, daí para muito tempo porque não conhecia ninguém que me pudesse ajudar , depois a escola encerrou, mas um dia o Matador "Parrita" convidou-me para treinar com ele. Depois seguí para a escola de toureio de Vila Franca de Xira durante 1 ano e neste momento estou na Escola de Toureio de Badajoz;

ADM - Como lhe correu esta Temporada?

J. R. C. - Esta foi a minha pior temporada em termos de Novilhada e Tentaderos, eu touriei apenas uma Novilhada na Arruda dos Vinhos;


ADM - Com prevê a próxima temporada?

J. R. C. - Com a minha entrada na Escola de Badajoz penso que ireií ter mais oportunidades e mais Novilhadas para tourear ;

ADM - A seu ver como se define como Toureio?

J. R. C. - Tenho uma ideia formada sobre o meu tipo de toureio mas penso que um aficionado me definiria melhor como toureiro, embora me considere um toureiro clássico ;

ADM - É dificil consiliar o estudo e o toureio no dia-a-dia?

J. R. C. - Admito que sim. Estou no 12º Ano e tenho aulas todos os dias das 9h até às 18h e quando chego a casa treino e fica-me muito pouco tempo para estudar. E também frequento a escola de Badajoz 1 vez por semana. Contudo tenho obtido bons resultados na escola ;

ADM - Têm algum Toureiro que veja como exemplo para sí e que considere um preferência?

J. R. C. - Penso que todos os toureiros têm o seu valor, porque se põe a frente do toiro, mas tenho duas preferências que são o Morante de la Puebla e Enrique Ponce ;


ADM - Visto que é Novilheiro sem Picadores, deseja obter alguma meta a nível do Toureio a Pé?

J. R. C. - Penso que na vida não existe limites, mas o meu objectivo é ser figura do Toureio a Pé.

ADM - Agradecemos mais uma vez por nos ter fornecido este tempo para estarmos à conversa consigo e desejamos votos de um optimo futuro ;

J. R. C. - Obrigado e felicidades para o vosso Blog .